A evolução do cloud computing.
O início
Há alguns anos atrás, era comum a prática de agrupamento com vários computadores para que sua carga de processamento fosse aumentada. Esta prática foi chamada de Clustering e utilizada por vários ambientes de tecnologia da época. Através de um protocolo, as máquinas conversam entre si, tornando o processamento mais robusto, descentralizado e balanceado, tudo isso devido à multiplicação dos processadores.
A ideia
Nos meados dos anos 90, foi sugerida a implantação da arquitetura de Grades computacionais, que nada mais é que a replicação do conceito de grades elétricas, utilizados até hoje. Funciona assim:
[Figura 1] Supondo que sua cidade possui vinte mil habitantes e é alimentada por uma companhia elétrica, e ela possui apenas uma grade de geração/distribuição.
Figura 1
Com o crescimento da cidade ela passa a necessitar de mais energia, contudo, a companhia elétrica geograficamente ou financeiramente não tem como expandir sua capacidade. Com isso ela é obrigada a comprar energia de outra companhia para suprir a demanda a ela solicitada. [Figura 2].
Figura 2
Tendo isto como base, foi iniciado o conceito de Computação em Grade. Conceito este que herda a metodologia do Clustering e se implementa a conectividade entre datacenters geograficamente afastados. Permitindo assim que terceiros se conectassem a estas Grades e pagassem apenas pelo processamento consumido.
As principais vantagens eram:
· Ambientes de alta disponibilidade;
· Redundâncias;
· Sem custos de gerenciamento de infraestrutura.
Porém, com a tecnologia disponível na época o I/O cresceria em potencial, formando um gargalo, e exigindo mais processamento, tornando o projeto financeiramente inviável.
Mesmo assim, existem empresas que fornecem estes serviços de baixa capacidade para clientes que não querem sobrecarregar os seus datacenters e gozam apenas das capacidades atuais disponibilizadas.
Otimização
A partir 2004, começaram a surgir soluções de armazenamento, baseados em Content Addressable Storage (CAS). Estes produtos criam uma rede global de datacenters com uma capacidade massiva de armazenamento.
Funciona assim:
1) Você envia um arquivo para a nuvem.
2) Recebe do servidor o endereço dele, para acessá-lo novamente.
3) O sistema move o seu arquivo pelos datacenters de forma a aperfeiçoar o armazenamento, mantendo mesmo assim o endereço do mesmo absoluto.
Figura 3
Hoje o líder mundial na venda e suporte de serviços de Cloud Computing é a Amazon. Isso já se mantém há dois anos com algumas voltas de distância se comparando com Google, IBM e Rackspace.
A Microsoft possui um sistema operacional chamado Azure, criado exclusivamente para o seu modelo de cloud computing. A Microsoft tem projeto de três datacenters, um em cada continente, são eles: América do Norte, Europa e Ásia.
“A vantagem de você ter seus dados em mais de um continente, garante com este tipo de redundância, mesmo depois de um apocalipse continental, seus arquivos continuam salvos em outro lugar.” Bill Gates, apresentação do Bpos.
A Google já anunciou em sua modesta ambição de dominar o mundo, que ira construir um datacenter em alto mar, o mesmo será autossuficiente em energia, gerada pelo movimento das ondas. Grande parte dos datacenters da Google ficam próximos do mar ou de represas, onde sabemos que uma dos maiores custos de um datacenter é com o seu resfriamento. A maioria deste resfriamento é feito a base de água.
Novidades
Mas vem novidades por ai, que já denominam de Smart Computing. O produto chamado de Joyent vem focado em vencer o EC2 da concorrente e já apresenta resultados de desempenhos animadores.
Os testes compararam o desempenho Geekbench de 1GB SmartMachine nos seguintes três tipos diferentes de servidores virtuais Amazon EC2 de:
§ EC2 Fedora “m1.small”: 1.7GB of RAM, 1 Core
§ EC2 Fedora “m1.large”: 64bit, 7.8GB of RAM, 2 Cores
§ EC2 Fedora “c1.xlarge”: 64bit, 7GB of RAM, 8 Cores
O mercado
Ao longo dos últimos dois anos, o mercado vem ficando cada vez mais nervoso quando falamos em Saas. Gartner estima que 75% das entregas atuais de Saas podem ser associadas a serviços em nuvem, o esperado para 2015 é de 90%.
Este percentual faz o faturamento mundial chegar a U$$ 12,1 bilhões até o final de ano.
Atingindo um crescimento de 20,7% com referência de 2010. Gatner afirma que o Saas terá um faturamento sadio até 2015 chegando mundialmente a um total de U$$ 21,3 bilhões.
Com toda a força de mercado voltado para a nuvem, existem empresas que não gostam da ideia de ficarem longe de seus dados. É sempre bom olha do lado, e ver o Storage trabalhando sabendo que tudo esta ali, afinal, o sistema lógico não apresenta falha, mas o ser humano sim.
Estas definições distintas esquentam o mercado de datacenters. Empresas estão investindo pesado para melhorar os seus ambientes de processamento local e as empresas de cloud computing estão aumentando suas capacidades de processamento para suportar o crescimento do mercado. A Intel agradece.
Projeção
Ano passado Cezar Taurion responsável por novas tecnologias IBM Brasil “Cloud computing será o modelo dominante. Talvez, em dez anos, nem falemos mais em computação em nuvem. O termo tende a desaparecer devido à própria disseminação do conceito no mercado”.
Estamos caminhando para isto, contudo, o Brasil e mais especificamente Pernambuco precisa de mais investimentos em comunicação para que a tecnologia tenha suporte para funcionamento.
Como as pequenas empresas tem o custo como uma das principais considerações na tomada de decisão, podemos considerar que o cloud vai ganhar cada vez mais força daqui pra frente.
Vídeo
A Salesforce, criou um vídeo que explica o cloud computing:
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